Incêndios
A saga repete-se. No ano passado, o fogo devorou héctares e héctares de mata, agora a natureza - ou outras forças que a natureza desconhece - voltou a pintar de laranja as florestas portuguesas. Como sempre o calor não explica tudo, mas os fenómenos passados explicam quase tudo. Pouco ou nada se fez para evitar estas catástrofes. As matas continuam sem vigilância, os lixos não foram removidos e os descuidos acontecem todos os dias. A culpa morre sempre solteira. Mas o Governo devia ter aprendido a lição do ano anterior. Há coisas que se evitam, ou melhor, há coisas que podem ser circunscritas para não ganharem proporções gigantescas. Não foi o caso.
PS1: Ridícula a passividade das autoridades que permitiram que as chamas de um incêndio se aproximassem de uma auto-estrada. Ninguém avisou, os bombeiros nada fizeram e a polícia não cortou a via como lhe competia. Alguns automobilistas entraram em pânico e inverteram o sentido da marcha(!). Pagar portagem não significa segurança nas estradas portuguesas - é triste ter de mencionar este chavão.
PS2: Há pouco a Maria alertava-me para o fenómeno do calor. Tudo se deve a uma enorme tempestade no deserto do Saara, em África, que alterou as temperaturas e fez subir o mercúrio dos termómetros para níveis impensáveis. É por isso que o céu tem sido menos azul do que o habitual. Mais amarelo do que seria de prever. Já repararam?
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