terça-feira, março 02, 2004

That's Amore

De repente senti-me bonita. Saí. Caminhei um pouco. Comprei iogurtes. Meti-me no carro e fui espreitar o mar. O Sol esborratado no horizonte pedia permissão para o seu sono nocturno. Lembrei-me daquela cassete esquecida no porta-luvas com a canção That’s Amore cantada na voz quente, sensual e quase rufia de Dean Martin. Ouvi-a cinco vezes, rindo-me por dentro. Que tempos de loucura aqueles, pensei.
Tantas vezes lhe tinha pedido que me gravasse aquela música. Sempre que a ouvia, em cd, no seu carro, lá vinha a pedinchice.
Demorou, mas um dia a cassete chegou. Ouvia-a freneticamente nos primeiros tempos. Depois, fui-me esquecendo dela. É quase sempre assim.

Tudo isto, porque lhe pedi que não viesse hoje.


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