segunda-feira, setembro 08, 2003

Como os efeitos me vêm parar às mãos: Às vezes, funcionamos por efeitos. Há uma causa e isso implica um efeito imediato. Se gostamos de uns sapatos, arregalamos os olhos em plena montra. Este simples arregalar de olhos, é um efeito. Depois, chegamos a casa e pensamos neles. É mais um efeito. É o efeito de que aquilo que vemos vai ao encontro do nosso gosto. Preenche-nos. Quando vou ao cinema também funciono por efeitos. Quando um filme me encanta, quando me sensibiliza, causa em mim um efeito que tem tanto de fantástico como de assustador: sinto que saio desta vida e entro noutra, naquela que durante duas horas se ergue na tela. O filme chega ao fim, a sala continua fechada naquele negro curioso, as luzes aparecem, levanto-me e saio. Durante longos minutos, não estou em mim. Estou do outro lado e tudo gira dentro da minha cabeça: os gestos, as vozes, as pessoas e o fio condutor da história. Esse é o efeito de que o filme foi bom. Serei louco?

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