terça-feira, setembro 02, 2003

O tempo, uma estranha contradição: Não percebo a dinâmica do tempo. Às vezes avança como um danado, outras vezes é estranhamente lento. Hoje em dia, creio, o tempo avança mais depressa do que há uns anos. Sente-se que os dias passam por nós, que os meses se multiplicam, uns atrás dos outros, até à sucessão dos anos, numa espécie de piscar de olhos. A vida corre à medida que envelhecemos e sem nos apercebermos de nada. Daqui a pouco tudo termina, porque o tempo avança como um cavalo de corrida até ao fim da linha. Olho para trás e penso: quando era pequeno, o tempo era mais lento. As horas corriam devagar, os anos pareciam ter mais do que 365 dias. Era uma delícia. Só encontro uma explicação para isso: quando somos pequenos, queremos ser grandes o mais depressa possível e isso provoca uma certa ansiedade, que emperra o tempo. Agora, que somos grandes, queremos que ele seja lento, mas ele avança como um danado. Ou seja, o tempo nunca corre a nosso favor.

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