segunda-feira, outubro 06, 2003

A Moda: Escravatura ou prazer?
Muito especialmente para as mulheres, o rigor das modas pode ser um tanto tormentoso... ou não?! Mudança de estação do ano, mudança do «último figurino», etc., etc., etc...
Ai... deixem-me respirar fundo!
Quem não gosta de se apresentar de acordo com o «último grito» da moda? Eu não! Quantas modas já rejeitei sem um pestanejar de olhos. Para mim, neste aspecto, o «hábito não faz o monge». Eu dito as regras das minhas «modas»!
Esta curta introdução presta-se à transcrição de um delicioso poema de Nicolau Tolentino (1740-1811), refinadamente satírico.

Chaves na mão, melena desgrenhada,
Batendo o pé no chão, a mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali, ou a criada.

A filha, moça esbelta e aperaltada,
Lhe diz coa doce voz que o ar serena:
- «Sumiu-se-lhe um colchão? É forte pena;
Olhe não fique a casa arruinada…»

- «Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já tua mãe não tem mãos?» E, dizendo isto,

Arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado!...



E… quanto a «modas»… permitam-me… nada mais dizer!

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