Do meu Poeta:
Corra da vida o rio, reluza a espuma.
que brilhe a água gelada das montanhas;
voem no Céu as aves, quais plumas,
revolvam-se da terra fértil as entranhas.
Escolhe na vida o rumo que desejas,
afasta para um lado as tuas dores;
o rio há-de correr, mesmo que vejas
secarem-lhe nas margens as flores.
Teu rio há-de correr. Também o meu…
mas suas águas hão-de misturar-se
num rio grande, só, chamado NÓS.
Os rios hão-de correr. Que corram rápido.
‘te que os seus leitos venham a juntar-se,
e não sejam mais que um até à foz.
(J.A.S.B. – 1980)
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