sexta-feira, outubro 10, 2003

A «loucura»: Todos os dias o ritual repete-se. Enquanto almoço vejo o telejornal, saboreio os alimentos e registo a prática real do mundo. Houve algo que me chamou particularmente a atenção: um doente esquizofrénico está internado num hospital de «loucos» há 19 anos. Passa o tempo da melhor maneira possível, entre a pintura lúdica e a escrita poética. É assim que vence o passar das horas e combate a infelicidade da doença como qualquer pessoa que precisa de algo para preencher o vazio de cada minuto. Leu um poema. Bonito poema. Fantástico poema. O jornalista pergunta: «Onde vai buscar tanta inspiração?» Ele responde. Simples. Honesto. Sereno. Transparente. «À minha alma». Silêncio. A «loucura» deve ser sempre escrita entre aspas. Não vos parece?

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