sábado, novembro 22, 2003

Onde estão todos?: Às vezes, aquilo que queremos que aconteça, não acontece. É quase de propósito, uma espécie de desafio, de braço-de-ferro invisível entre nós e o destino. Dou por mim a pensar: há rostos que me dizem muito, pessoas que marcaram a minha vida ao longo dos anos, mas fui perdendo esses rostos, algumas dessas vozes. Não sei onde estão, o que fazem, onde vivem. São amigos que desapareceram, colegas de curso que evaporaram, companheiros do liceu que se espalharam pelos recantos desta cidade, ou de uma outra cidade qualquer. Mesmo nos sítios mais infestados de gente, onde meio mundo gosta de ir às compras, olho atentamente para ver se encontro alguém que me diga algo, alguém que conheci em tempos. Mas nada. Às vezes, penso: onde está o fulano, o que é feito de sicrano. Sei os nomes, jamais esquecerei aqueles rostos, lembro-me de todos os episódios, mas perdi todos os contactos. Olho em volta. Mas nada. Há alturas que quem não quero ver, que quem não quero ouvir, se cerca do meu caminho. Há pessoas que deviam desaparecer do mapa, mas esses aparecem sempre. Estão em todo o lado, preenchem o nosso dia-a-dia. É por ti que estou a chamar, onde andas Patrícia?

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