quinta-feira, setembro 30, 2004

Feiticeira

Há pouco li o teu mail. Senti um calor morno, uma espécie de descarga eléctrica no meu corpo, como se estivesses a mandar-me energia. Os pêlos ergueram-se, os músculos da barriga saltitaram e o coração estremeceu ao receber tão nobres versos. Pensando melhor, não foram os versos que agitaram a minha alma. Foram os teus afectos a escorrer em direcção a mim. Os teus afectos brancos e quentes. Brancos e quentes. Sempre brancos e quentes como nós. És a feiticeira que todas as noites apareces no meu quarto e destapas o véu das ilusões. Mostras-me o mundo. Tu és o mundo. O meu outro mundo. Dás-me luz e vagueias na minha alma como quem cruza o céu. Depois desapareces com um abraço. Um simples abraço. Para mim, é sempre mais do que um simples abraço. Para mim, aquele abraço é ainda mais forte do que o nosso mundo.

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