quarta-feira, setembro 10, 2003

11 de Setembro, 3: O mundo será sempre feito de coincidências. É como uma lei escrita por alguém sem nome e sem lugar. Os bifes de molhos esquisitos foram escolhidos por nós como a fonte capaz de saciar a nossa fome depois de uma manhã desgastante. Não sei que horas eram, se é tarde ou se é cedo, pouco importa. O barulho do restaurante diminuiu, alguns clientes foram saindo sem deixarem rasto nem ruído. Estávamos nós, assim, a saborear a sobremesa, um maravilhoso gelado e a conversar muito animadamente como quem está a jogar cartas: sem pressa, aproveitando cada minuto como se fosse o primeiro do mundo. Assunto em cima da mesa: os Estados Unidos. Sem rodeios, sem explicações. Falávamos daquele país que alimenta ódios e paixões à medida que matávamos a nossa fome. Naquela altura, nada sabíamos do que estava a acontecer em Nova Iorque. Daí que o mundo seja feito de coincidências. Sempre de coincidências.

  • |
  • a href="http://www.haloscan.com/">Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com