quinta-feira, setembro 11, 2003

11 de Setembro, 5: Entre um inglês e um escocês, por exemplo, escolho sempre o segundo. É mais amável, mais generoso e tem um bom espírito de comunidade. Já sabíamos da notícia. Caiu, assim, como um pedra atirada ao chão por um homem cheio de força. Fez um enorme estrondo nas nossas cabeças, foi uma espécie de grito estridente que nos roubou o apetite pelo gelado de chocolate. Tirou-nos as forças, fez-nos pensar e imaginar o que se estaria a passar no coração de Nova Iorque. Levantámo-nos, abandonámos a mesa como as crianças que desesperam por estarem sentadas a ver os adultos a comer, pedimos ao dono do restaurante para ligar a televisão. Ele não queria. Fomos educados, insistimos de novo, porque as mensagens e os telefonemas que recebíamos não eram suficientes para construirmos o quadro mental sobre todos os acontecimentos. O homem não queria ligar a televisão. Por isso, entre um inglês e um escocês prefiro o segundo. Sem dúvida.

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