11 de Setembro, 6: Ele acabou por ligar a televisão. Foi preciso insistir muito com o dono do restaurante em Liverpool, mas conseguimos levar a nossa ideia até ao fim. Observávamos tudo em silêncio, atónitos, boquiabertos, pálidos de receio e desnutridos de movimentos. Parece que o tempo tinha parado naquele instante, uma espécie de clique teria conservado aquele espaço suspenso, durante longos minutos, à medida que a televisão repetia o inevitável: o primeiro avião a rasgar uma das torres do World Trade Center; o segundo a repetir a façanha do primeiro. Uma enorme bola de fogo a misturar-se com o azul do céu; o fumo negro a esvoaçar pelas janelas dos edifícios; o pânico aterrador das pessoas; os suicidas a preferirem o último salto de vida do que o fim trágico nas labaredas. Naquele restaurante havia um misto de dor, mas também de profunda revolta. Silêncio.
quinta-feira, setembro 11, 2003
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