O prometido é devido: Ainda sobre a vida é como um pedaço de sal a derreter-se na boca, recebemos e-mails que mereceram honras de publicação. O tema suscitou muitos Remoinhos junto dos nossos leitores e a saga não vai ficar por aqui. Na altura, tínhamos dito que iríamos oferecer prémios para as melhores revelações e como somos gente séria, crescida e honesta não vamos faltar à palavra. Temos prémio, só não temos vencedor. Calma, nada de dramas. Simplesmente, achamos que não há vencedores nem vencidos. Há, sim, gente com alma de poeta e que participou neste desafio. Para eles, o prémio: Poetas, de Florbela Espanca. Deliciem-se.
Poetas
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
Florbela Espanca
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