terça-feira, setembro 23, 2003

Por falar em Pablo de Neruda: Faz hoje 30 anos que o grande Pablo de Neruda partiu para o sítio onde os homens ganham vida depois da morte. Já muito se disse e se escreveu sobre este mestre chileno, por isso gostava de centrar este post em Massimo Troisi, um actor italiano que interpretou o célebre Mário, em O Carteiro de Pablo de Neruda, um filme de rara beleza artística e que deixa uma mensagem ainda mais interessante: a poesia não se explica, sente-se. Datado de 1994, Il Portino (o nome original em italiano) revela a coragem de Troisi, um homem que colocou a sua saúde de lado por causa do amor pela sua profissão, pelo personagem que interpretou e quiçá por Neruda. Durante as filmagens, os médicos diagnosticaram-lhe problemas cardíacos que só a intervenção cirúrgica poderia diminuir os riscos de morte precoce. Mas Troisi não quis interromper a execução da obra, ciente de que a arte era mais importante do que a sua própria vida. No dia 4 de Junho de 1994 morreu, doze horas depois das câmaras terem filmado a última cena do filme. A vida e a morte não se explicam, sentem-se...

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