sexta-feira, setembro 12, 2003

11 de Setembro, 9: É difícil descrever isto: Liverpool era uma cidade fantasma e o hotel onde estava instalado o exemplo perfeito do caos. As malas de dezenas e dezenas de hospedes acumulavam-se no hall de entrada; os empregados não paravam um único segundo. As informações eram contraditórias. Não havia garantias que viajássemos naquela noite - diziam que o espaço aéreo europeu seria encerrado -, o hotel não teria capacidade para receber tanta gente. Não havia certezas de nada. Só uma realidade dura, crua e sangrenta como todas as más notícias deste mundo: a segunda torre do World Trade Center desabava como um castelo de cartas. Não havia esperanças de nada. Tudo acabava como no primeiro instante. Em choque prolongado. Em choque angustiado. Nenhuma palavra era mais forte do que aquela imagem do choque.

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