11 de Setembro, 12: Aquela era a noite mais negra do que todas as noites reunidas numa só. O autocarro avança em direcção ao aeroporto, a furar o manto escuro do mistério por entre luzes pálidas e amarelas. Passei aquele tempo todo ao telemóvel enquanto observava o mundo para além do vidro. Há um vazio, sente-se um vazio, nas vozes que oiço, na minha própria voz. No aeroporto está tudo montado: a carga policial é fortíssima, homens de metralhadora desafiam-nos com um simples olhar como se tudo aquilo se tivesse transformado num perigoso campo de concentração ou numa prisão de alta segurança. Somos mirados com desconfiança. Somos suspeitos de tudo, até dos passos que damos no chão granítico da aerogare. Somos suspeitos da desconfiança do mundo.
segunda-feira, setembro 15, 2003
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